domingo, 25 de março de 2012

Queremos ver Jesus

Toda pessoa, quando se encontra diante de alguém, ou o aceita (admira e acolhe), ou o recusa (rejeita e detesta), ou lhe fica indiferente (não reage).
Assim aconteceu com Jesus e acontece com cada um de nós. Muitos desejam ver Jesus; outros procuram afastá-lo sempre mais longe da sociedade – há até campanhas para tentar apagar sua imagem; outros são indiferentes para com ele. O grupo dos gregos, no evangelho, mostra uma aspiração que percorre os séculos. Apesar de tudo, a figura de Jesus atrai a atenção dos que creem e até de muitos que afirmam não ter fé. 
Jesus é o grão lançado à terra, onde morre para renovar a vida de toda a humanidade. Como é necessário que o grão de trigo morra para poder brotar e produzir mais trigo, assim Jesus morre para que todos os que creem nele possam ter vida em abundância. Quando a pessoa adere a Jesus, aceitando a vida e a morte como norma de sua existência, compreende que o dom de si não é perda, mas fecundidade, ganho. Pondo a vida a serviço, não a diminui, mas a plenifica. Ainda que não percebamos, nossa doação é como a semente lançada no coração do outro, tornando melhor sua vida. 
A exemplo dos apóstolos Filipe e André, temos a missão de mostrar Jesus à humanidade. Se Cristo não mais está caminhando visivelmente sobre a terra, será necessário que alguém o mostre. Cabe a nós, que aderimos a ele, essa missão. E a melhor forma de mostrá-lo é por meio do nosso sincero testemunho individual e comunitário. Mesmo em uma sociedade secularizada, são muitos os que querem ver, conhecer e encontrar Jesus. Ele é a resposta aos anseios mais profundos do ser humano. 
A sociedade moderna necessita de testemunhos que deem sentido a sua vida desorientada. O mundo está poluído com palavras ruidosas, mas tem sede de ver Jesus. Para saciar essa sede, nada melhor do que o testemunho sincero dos seus seguidores.
 
Pe. Nilo Luza, ssp

quinta-feira, 22 de março de 2012

"A ocasião faz o ladrão"

Tenho um sono muito leve, e numa noite dessas notei que tinha alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei-me em silêncio e fui acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta que passou pela janela do quarto. Como a minha casa até é muito segura, com alarme, grades nas janelas e nas portas, não fiquei preocupado, mas claro que eu não ia deixar um ladrão andar ali, tranquilamente. Telefonei para a polícia, para informar sobre a ocorrência... Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não. Então me disseram que não tinham nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém logo que fosse possível...
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Eu liguei há pouco porque alguém estava no meu quintal. É para informar que já não é preciso muita pressa, porque eu já matei o ladrão com um tiro de uma pistola calibre 9 mm, que tinha guardada há anos para estas situações. O tiro fez um belo buraco no pobre diabo!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um carro do IML, uma unidade de resgate, duas equipes da TV,  e um representante de uma entidade de direitos humanos.
Acabaram por prender o ladrão em flagrante, que ficou boquiaberto ao olhar tudo o que se passava. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do General do Exército.
No meio do tumulto, o policial encarregado desta operação, aproximou-se de mim e disse:
-Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão!!!
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.
 

                                                                                                                                             L. F. Veríssimo

terça-feira, 20 de março de 2012

"Um luxo radioso de sensações"

"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! 

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho" 

Eça de Queiroz, O Primo Basílio  

sábado, 17 de março de 2012

Baile de Aniversário - Loja Maçônica ÁGUIA DO ORIENTE Nº19


Para ingresso individuais, contatem : Duda, Elicarlos e Rummennig. Com os telefones acima.

Não Perca!!

Pedágios! Liberdade ou pagamento

POLÊMICA!!!

Aluna de 22 anos afirma: "NÃO PAGO PEDÁGIO EM LUGAR NENHUM ". O texto está correndo o Brasil! LEIA:

06/06/2011
"A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva choca, impressiona e orienta os interessados.

A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação.
Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".

A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas.

"No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.

Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.

Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.

Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", acrescenta.
Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.

Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

E AGORA?

sexta-feira, 16 de março de 2012

O medo empata a vida

Todos nós, uma vez ou outra, sentimos medo. O medo é um sentimento que aniquila, fragiliza, embota nossos talentos, aprisiona nossa alma e tolhe nossa iniciativa. Qualquer situação desconhecida apresenta duas possibilidades de resultado quando a enfrentamos: ou saímos dela bem-sucedidos ou fracassamos. 

O medo nada mais é do que a fixação na derrota, a recusa da mente em considerar a possibilidade do bom resultado; a convicção neurótica de que, em hipótese alguma, seremos capazes de superar nossas limitações.

E, desta forma, muitos dos sonhos que alimentamos permanecem inatingíveis porque não nos permitimos transformar a fantasia em paredes, portas e janelas. Porém, a mudança de atitude é responsabilidade de cada um.

Ninguém pode assegurar sucesso, felicidade ou vitórias a ninguém - afinal, o risco sempre existe: podemos tentar e fracassar, apesar de todo o esforço.
No entanto, uma pergunta se impõem: o que vale mais - cem anos de segurança, resignação e frustrado ou um minuto de alegria e prazer?

Quem não arrisca fica protegido do perigo. Mas, enquanto não pulamos o muro do medo, não sabemos o que existe do outro lado. Quem ousaria apostar que, ao invés do fim, não encontraremos lá o sentido de nossa vida?
Quem nos pode assegurar, sem medo de errar, que não nos aguarde lá - do outro lado do muro - o fim de nosso arco-íris, o nosso potinho de ouro? Quem?!

Paz!

Avance sempre

Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar.

Mas é importante não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso. Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena. Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios. Continue andando e fazendo.

O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente. A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.

Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo. Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.

Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo. Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado. Mas, seja lá o que for, continue. O importante é não parar!

FRATERNALMENTE!!
Paz!

Oração Hebraica


Senhor, se eu te amar por querer o Céu, exclui-me dele...
Se eu te amar por medo do inferno, joga-me nele...

Agora, se eu te amar pelo que Tu és, Senhor, não me
escondas o rosto...

(Oração do século VI A.C., encontrada em descobertas arqueológicas na Palestina, no início do século XX.) 

Maledicência

No livro "A essência da amizade", encontramos um precioso texto de autoria de Huberto Rohden, que trata da velha questão da maledicência.

Com o título de Não fales mal de ninguém, o referido autor tece os seguintes comentários:

"Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.''

Qual a razão última dessa mania de maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma.

Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.

Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.

Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria."(...)

"As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.

Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com whisky, gin ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia."

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens.

Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.

Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo".

A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.

Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.

Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio.

São enfermos em demorado processo de reajuste.

Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.

Pense nisso!

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.

Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.

Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

Paz!!

Morrer pra nascer


Num artigo muito interessante, Paulo Angelim que é arquiteto, pós-graduado em marketing dizia mais ou menos o seguinte:

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida, e isso um erro.

Existem outros tipos de morte e nós precisamos morrer todo dia.
A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.
Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do espermatozóide, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer provas. Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinhos, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso
"eu" passado, inferior. E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.

Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que
eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser.
Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos "infantilizados".

Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não matemos virtudes de criança que também são necessárias a nós adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade,
etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente
matar pensamentos infantis, para passarmos a pensar como adultos.

Quer ser alguém (líder, profissional, pai, mãe, cidadão, amigo)
melhor e mais evoluído? Então, o que você precisa matar em
si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser?

Pense nisso e morra! Mas, não se esqueça de nascer melhor ainda!

Fraternalmente!!!

Investimento Moral


Você já pensou no que significa investir na moral?

Talvez tenha notado a grandiosidade daqueles que ficaram conhecidos na terra como agentes do bem, e tenha se achado impotente para essas grandes realizações.

No entanto, considerando que moral é a regra de bem proceder, entendemos que investir na moral pode ser mais fácil do que imaginamos, com gestos mínimos que, acumulados, resultam em grande soma.

Quando oferecemos nosso assento, no coletivo, a uma pessoa que precisa mais do que nós, estamos procedendo bem.

Quando não buzinamos e evitamos que algum enfermo ou uma criança que acaba de dormir acorde, agimos bem.

Um comentário maldoso que não levamos adiante, é bem proceder.

Um minuto de atenção a alguém que nos pede uma informação na rua, é pequena parcela de bem que estamos acumulando em nossa moralização.

Um pedaço de papel que ajuntamos na rua, fazendo com que nossa cidade fique mais limpa, é parcela de bem somada em nossa economia moral.

Quando economizamos papel higiênico, água, papel toalha, em banheiros de shoppings ou públicos, em restaurantes ou na empresa onde trabalhamos, estamos agindo no bem.

Se moral é a regra de bem proceder, sempre que procedemos bem, estamos agindo com moralidade.

E agir no bem quer dizer agir com imparcialidade, ou seja, o bem não seleciona, não discrimina, não premia, não faz concessões que o desfigurem.

As horas do dia são as mesmas para todos, mas o que cada um realiza com os minutos é que dá o tom de moralidade ou de imoralidade às ações.

Nós podemos escolher sempre o bem, mesmo nas pequenas atitudes. Isso, ao longo dos anos, nos permitirá acumular uma grande soma de valores que nos garantirá a paz de consciência.

Ao contrário, se optamos sempre pelo mal proceder, geralmente mais fácil, dando vazão ao egoísmo e ao orgulho, acumularemos imensa soma de desgostos e dissabores, tornando-nos uma pessoa amarga e infeliz.

Assim, cada instante de nossa vida é uma oportunidade de investir em nossa moralidade.

E para investir com proveito é necessário o devido esforço para orientar a nossa conduta pela razão.

Fazendo sempre uso da razão para nos conduzir as ações, teremos mais chance de lograr êxito na intenção de bem proceder.

E usar a razão com discernimento, é dar a mesma importância aos interesses de cada indivíduo que será envolvido por aquilo que fazemos.

Agindo assim seremos um agente moralizado, um agente do bem, mas um agente moral lúcido e não piegas que age mais por indução ou temor do que por convicção.

O exame sistemático de tudo o que fazemos, considerando de maneira imparcial os interesses de todos que serão afetados por nossas ações, e optando pela atitude que mais benefícios e menos prejuízos causem a todos, é ser um agente moral consciente.

Ouvir a razão, sempre, e examinar as implicações de nossas atitudes, é desejar uma sociedade melhor, mais justa e mais feliz. Ainda que isso signifique ter que rever algumas convicções prévias.

Saber a melhor maneira de viver é o grande desafio da atualidade.

Se consideramos que as mais notáveis diretrizes de bem viver, jamais superadas por quaisquer teorias, foram as do Sábio de todos os tempos, Jesus, então precisamos rever nossos conceitos.

Não fazer aos outros, o que não gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a receita para quem deseja ser um agente moral lúcido.

Fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a chave para ser um agente do bem.

Pensemos nisso!

Reflexão

Ao nascer, perdemos o aconchego a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos. Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem.

Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder. E seguimos a ganhar. Perdemos primeiro a inocência da infância.

A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas por que alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E, ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar.

Por que? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás. Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros.
Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres....

E aprendemos. E vamos adolescendo ganhamos o mundo. Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos. Ah, os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas, não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais?

E continuamos amadurecendo ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos... Mas, perdemos peso!!!

Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos - lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e assim, vamos ganhando tempo... enquanto envelhecemos.

De repente, percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas),...ganhamos celulite, estrias.
E perdemos cabelos.

Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. Perdemos a esperança. Estamos envelhecendo. Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo.

Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer? Exceto aquele que se faz em vida? Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças.

Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos.
E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos e se sintam amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação à vida...

Fraternalmente!!!!



                                                                                                                                 Desconheço a autoria

Sorria sempre



O sorriso é um santo remédio. Ele lava a alma e refresca a mente.

Os problemas, quando enfrentados com ânimo e alegria, têm maiores chances de solução.

A tristeza e o mau humor bloqueiam a visão interior, atrapalhando nosso desenvolvimento.

Já o sorriso atrai energias positivas e boas intuições. E, claro, melhores resultados.

Os anjos são alegres e adoram as pessoas de bem com a vida.

Ao agir com leveza e simpatia, facilitamos a ação construtiva dos nossos amigos espirituais.

Hoje é um novo dia! Sorria!

A Bagagem


Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão... A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, por pensar que são importantes ...

A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.

Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem... Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas, o que tirar?

Você começa tirando tudo para fora... veja o que tem dentro: Amor, Amizade...nossa! Tem bastante, curioso, não pesa nada... Tem algo pesado... você faz força para tirar... era a Raiva - como ela pesa!

Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, Medo, Pessimismo... nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala... Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um Sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem...

Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo tira pra fora um monte de Tristeza... Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante...

Procure então o resto: a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor. Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela...

Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar dentro da mala de novo, hein.

Agora é com você.
E não se esqueça de fazer essa arrumação mais vezes, pois o caminho é MUITO, MUITO LONGO, e sua bagagem, poderá pesar novamente.

Oração Maçonica

Achei essa linda oração no facebook de um tio!


''Grande Arquiteto do Universo que me permitiste que como Maçom, vislumbrasse um pálido clarão da tua Luz ao ingressar nos "Mistérios".
Ajuda-me, pois, a iluminar os caminhos que abristes para mim, para aqueles que agora acompanho e para outros que talvez um dia me seguirão. 
Que eu possa refletir sobre o golpe do Teu malhete e o perfeito desbaste do Teu cinzel, para que toda a minha individualidade reflita sem equívocos a tua vontade. Fizeste-me Maçom. Por isso "morri" e despertando "renasci".

Ensina-me a humildade na crítica, sobretudo ao ser criticado, para que através de mim, todos entendam e aceitem que a humildade é uma das tuas essências. Instrui-me nas virtudes da Paciência, da Tolerância e da Alegria.
Para que eu possa aceitar os outros como são, mesmo que isso me pareça à tarefa mais árdua, a viagem mais penosa ou a taça mais amarga. Dá-me muito antes, da sabedoria de Salomão a paciência de Jó, para que a minha palavra seja sempre proferida para bem da Humanidade
 ''

Depois posto uma oração DeMolay, que é tão linda quanto essa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Habeas Pinho

Na Paraíba, alguns elementos que faziam uma serenata foram presos. Embora liberados no dia seguinte, o violão foi detido. Tomando conhecimento do acontecido. O famoso poeta e atual senador Ronaldo Cunha Lima enviou uma petição ao Juiz da Comarca, em versos, solicitando a liberação do instrumento musical.   

Senhor Juiz. 
Roberto Pessoa de Sousa 
  
O instrumento do "crime” que se arrola 
Nesse processo de contravenção 
Não é faca, revolver ou pistola, 
Simplesmente, Doutor, é um violão. 
  
Um violão, doutor, que em verdade 
Não feriu nem matou um cidadão 
Feriu, sim, mas a sensibilidade 
De quem o ouviu vibrar na solidão. 
  
O violão é sempre uma ternura, 
Instrumento de amor e de saudade 
O crime a ele nunca se mistura 
Entre ambos inexiste afinidade. 
  
O violão é próprio dos cantores 
Dos menestréis de alma enternecida 
Que cantam mágoas que povoam  a vida 
E sufocam as suas próprias dores. 
  
O violão é música e é canção 
É sentimento, é vida, é alegria 
É pureza e é néctar que extasia 
É adorno espiritual do coração. 
  
Seu viver, como o nosso, é transitório. 
Mas seu destino, não, se perpetua. 
Ele nasceu para cantar na rua 
E não para ser arquivo de Cartório. 
  
Ele, Doutor, que suave lenitivo 
Para a alma da noite em solidão, 
Não se adapta, jamais, em um arquivo 
Sem gemer sua prima e seu bordão 
  
Mande entregá-lo, pelo amor da noite 
Que se sente vazia em suas horas, 
Para que volte a sentir o terno acoite 
De suas cordas finas e sonoras. 
  
Liberte o violão, Doutor Juiz,  
Em nome da Justiça e do Direito. 
É crime, porventura, o infeliz 
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito? 
  
Será crime, afinal, será pecado, 
Será delito de tão vis horrores, 
Perambular na rua um desgraçado 
Derramando nas praças suas dores? 
  
Mande, pois, libertá-lo da agonia 
(a consciência assim nos insinua) 
Não sufoque o cantar que vem da rua, 
Que vem da noite para saudar o dia. 
  
É o apelo que aqui lhe dirigimos, 
Na certeza do seu acolhimento 
Juntada desta aos autos nós pedimos 
E pedimos, enfim, deferimento.  

O juiz Roberto Pessoa de Sousa, por sua vez, despachou utilizando a mesma linguagem do poeta Ronaldo Cunha Lima: o verso popular. 
 
Recebo a petição escrita em verso 
E, despachando-a sem autuação,  
Verbero o ato vil, rude e perverso,  
Que prende, no Cartório, um violão. 
  
Emudecer a prima e o bordão, 
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso, 
É desumana e vil destruição 
De tudo que há de belo no universo. 
  
Que seja Sol, ainda que a desoras, 
E volte á rua, em vida transviada,  
Num esbanjar de lágrimas sonoras.  
  
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,  
Noite de luz, plena madrugada,  
Venha tocar à porta do Juiz.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Não desista do amor




Não vamos ficar prestando atenção naquilo que a gente perdeu. Vamos dar à vida uma nova oportunidade. Alimente essa expressão de fé dentro de você.
Deus sabe o que faz.

Se não aconteceu é porque não era pra ter acontecido. E esse é um desprendimento que requer muita simplicidade da gente, mas que pode dar certo. Quando a gente de fato interpreta a fé começa a interferência de Deus na nossa vida modificando os fatos ou até mesmo não permitindo que acontecesse aquilo que a gente gostaria que acontecesse. A gente pode resolver isso dentro de nós, assim, com simplicidade. Não deu certo, tudo bem, estou aqui, vou ter novos investimentos, vou ter novas possibilidades, vou fazer novos amigos, vou arrumar um namorado...

Enfim, você diante das suas frustrações acaba encontrando um caminho para continuar dando certo.
  
Deus age mesmo quando eu não estou vendo que Ele está agindo. Quando eu não dou notícia dessa ação. Deus não perde tempo de revelar seu coração humano. É o Seu grande objetivo, Ele não vai criar cercas para essa revelação. Ele vai querer mostrar-se a todos os povos a todas as nações mesmo sendo proprietários dessa verdade, nós precisamos ser também, tolerantes com aqueles que ainda não conhecem como nós conhecemos.

Padre Fábio de Melo atende a uma pessoa que pergunta sobre a compreensão do Antigo e do Novo Testamento. Padre Fábio nos lembra que Jesus não veio para substituir o Antigo Testamento, mas sim para cumpri-lo. Jesus, o Filho de Deus, nos fez compreender o desejo de Deus para nossa vida. É interessante porque o tempo todo estamos fazendo o processo de transição. O êxodo é o período da passagem, a travessia do povo, da escravidão para a liberdade. O êxodo é a experiência vivida construída para que a escravidão deixasse de ser realidade. O tempo todo vivemos essa experiência, porque eu tenho os meus êxodos, você tem os seus.
Precisamos sair dos territórios das nossas escravidões para chegar ao território tão desejado da liberdade. De maneira que vivemos na nossa vida, as dinâmicas do Antigo e do Novo Testamento. Eu sou judeu-cristão, eu tenho as raízes judaicas. Por isso preciso compreender os novos significados que o Cristianismo me traz.

Um dos aspectos mais interessantes e que precisamos todo tempo ter consciência é que Jesus nos faz livres das amarras da lei. Jesus vai nos dizer que a partir do momento em que nós mergulhamos nos mistérios de Deus a lei deixa de estar fora de nós.
Como os judeus que amarravam na cintura, trechos da Sagrada Escritura, assim eles sempre recordavam do compromisso que aquela lei pedia pra eles, era estar comprometido com os desdobramentos práticos que aquela lei pedia.

A verdadeira lei já está escrita nos corações. Quando eu mergulho nos mistérios de Jesus eu me transformo num ser livre, porque a adesão a Jesus faz a gente se livrar dos excessos. Se eu vivo a partir dessas regras, é porque eu já tenho a lei dentro de mim, os ensinamentos de Jesus já estão dentro do meu coração. Porque ao mergulhar no ministério da Sua palavra eu assumo o compromisso de ser Ele de novo, de ser com ele, de ser para Ele.
O que são as leis que estão de fora? Um referencial para quem precisa.... Isso é muito interessante. Audacioso eu diria! Um exemplo simples: numa praça pública a placa: não pise na grama. Se você já tem uma sensibilidade que é um bem público, você não vai precisar da placa, você vai identificar que aquele jardim merece o seu respeito. A lei já está escrita dentro de você.

A gente anda pelas cidades e às vezes é lamentável a sujeira nos muros. Aquilo revela que as pessoas não estão comprometidas com o bem comum, muitas vezes precisamos de uma lei. Quem ama o meio ambiente não precisa de uma regra que vem de fora.
É impressionante como na vida social o que significa ser um homem e uma mulher de Deus. Porque o respeito das regras sociais eles indicam que existe dentro de nós uma maturidade que nos diferencia dos outros.

Como é que podemos melhorar essa produção humana a partir da religião? Ensinando regras. Essas regras precisam vir morar dentro de nós.

Uma vez naquela confusão sobre o aborto, eu me recordo que eu disse assim: “Se vai ter a lei do aborto ou não, para o Cristão isso não faz diferença”. Definitivamente nós não podemos ser a favor da legalização do aborto. O verdadeiro Cristão saberá se portar diante de tudo isso. Temos que lutar para que nunca sejam aprovadas essas leis.
E você tem que saber que a lei escrita no coração, está acima de qualquer documento que porventura possam colocar diante de nós. Isso que eu queria dizer na época e não tive oportunidade, não foi possível.
É aquilo que falávamos no início, quer saber quem é você, retire os seus excessos. Quem é você, quais são os seus valores, o que é que rege as suas decisões, qual é o seu código de honra, o que realmente nessa vida te importa, onde você coloca o seu empenho? Essas são as perguntas que norteiam a nossa conversão. Porque quando nós respondemos com sinceridade, a gente vai ter condição de saber em que degrau dessa escadaria da salvação nós estamos situados.
E aí a gente vai descobrir a partir da resposta que daremos a todas essas perguntas qual o esforço que precisamos fazer para avançar mais nessa escadaria. Às vezes a gente corre o risco de não chegar à resposta porque a gente ainda não se fez a pergunta. Nós corremos o risco de sacralizar os nossos crimes, de guardar dentro de uma redoma. Não, não queira isso, viva o seu Cristianismo a céu aberto, dá mais trabalho. A graça de Deus nos dá esse restauro sempre que buscamos por ela.

Viva o seu Cristianismo no desafio do seu dia a dia. É fácil? Não é não, mas Jesus não prometeu que seria. É só você ter a certeza de Ele está contigo e que NÃO DESISTIR é sempre a opção mais interessante, mais inteligente.


domingo, 11 de março de 2012

A saúde pública e o perigo da automedicação

São muitas as informações sobre hábitos de vida que podem levar as pessoas a ficar doentes. Entre eles temos o tabagismo, o sedentarismo, o consumo excessivo de comidas com gorduras, a violência no trânsito, e o alcoolismo. Por outro lado, pouco se houve falar sobre as consequências que os medicamentos podem acarretar ao indivíduo.
O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde(OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reação adversa a medicamentos, ultrapassa 10%.
Isso acontece não somente quando quando a pessoa  faz uso excessivo do medicamento. Um fator que contribui de maneira significativa para essa situação, são as interações medicamentosas, ou seja, a combinação de medicamentos. Nesses casos, um remédio pode anular o outro, ou potencializar um efeito colateral.
De acordo com o Sistema Nacional de informações Tóxico- Farmacológicas(Sintox), os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos. Alguns cuidados simples precisam ser tomados para evitar a morte por auto-medicação: não deixar os medicamentos ao alcance das crianças; ler o rótulo ou a bula antes de usar qualquer medicamento; não ingerir remédio no escuro, para evitar trocas perigosas; evitar o uso de medicamentos com prazo de validade vencido, etc. A pior automedicação é "buscar remédio na farmácia" sem a receita médica.
O ministério da Saúde tem tomado algumas medidas para ajudar o combate à automedicação.Uma delas é o fracionamento. Ou seja, o paciente leva pra casa apenas a quantidade necessária para seu tratamento. Porém a responsabilidade de combater esse mal é de todos! Afinal, a diferença entre o remédio e a droga muitas vezes está na quantidade.

O Novo Santuário

No Evangelho de João, Jesus praticamente inicia sua missão pública entrando no templo de Jerusalém e encontrando, em vez de fiéis em oração, vendedores e cambistas. Um comércio tal, que havia transformado a casa de Deus em lugar de exploração, sobretudo dos pobres, com leis religiosas que obrigavam os fiéis a comprar bois, ovelhas ou ao menos pombas para sacrificá-los e assim conseguir a reconciliação com Deus.
Ao fazer um chicote de cordas, Jesus deixa claro que ele é o Messias esperado, aquele que vem para “açoitar” as práticas de injustiça e inaugurar um tempo novo. Ele faz o povo sair daquele centro de exploração, junto com as ovelhas e bois. Aliás, as ovelhas na Bíblia muitas vezes representam o próprio povo. Jesus vem tirar do templo, vem libertar de uma exploração comercial disfarçada de religião. Ele derruba as mesas e o dinheiro dos cambistas e ordena aos vendedores de pombas (a oferta dos pobres) que tirem tudo de lá. Pois o sacrifício de pombas de nada mais serve diante daquele que desceu em forma de pomba, no batismo de Jesus.
Longe de fazer uma “purificação” do templo, Jesus declara que seu próprio corpo é o novo santuário, e a oferta de sua vida elimina a necessidade de sacrifícios de animais. Além disso, Deus não habita locais onde se explora a fé do povo simples. Deus está presente em seu Filho, e essa presença torna Jesus indestrutível. Podem matá-lo, mas sua morte não será definitiva, pois no terceiro dia ele voltará à vida plena.
O corpo de Jesus, sendo a morada de Deus, é para nós o verdadeiro santuário, que nos aproxima do Pai. Na “casa do Pai” somos família, e em família não fazemos comércio, mas agimos na gratuidade do amor. Como família-comunidade, pertencemos ao corpo de Jesus. Unidos a ele, unimo-nos a Deus, na liberdade de filhos amados, cujo sofrimento diário o Criador já conhece e cujo compromisso em favor da vida ele aceita como oferta genuína.
                                                                                                                                 Pe. Paulo Bazaglia, ssp

Estímulo para viver

''Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares'' (Js 1:9) Todos nós precisamos de estímulo para viver. Se não tivermos ânimo e interesse na vida, ela passa a ser muito pesada e lenta. Parece que as cargas são mais leves quando andamos mais rápido. As últimas marchas do carro têm menos força que as primeiras, mas fazem com que ele ande mais rápido porque venceu a inércia. Quando nós andamos mais rápido precisamos de menos força. Porém, para que andemos mais rápido necessitamos de estímulo. Todas as classes precisam de estímulo: o estudante, o operário, o empresário, a dona de casa... Todos estes produzem mais e melhor quando têm um alvo a atingir. É muito difícil ir longe quando não se sabe aonde ir. Se alguém não sabe aonde ir pelo menos tem que ter fé e crer que Deus o levará a um bom destino como aconteceu com Abraão. O livro de Hebreus nos diz que "pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia". (11:8). Mas vamos chegar a um ponto da caminhada onde Deus irá nos revelar o Seu propósito de um modo mais claro e perceptível. Muitos querem saber qual é a vontade de Deus, mas o jeito simples de conhecer a Sua vontade é conhecendo o próprio Deus, tendo intimidade com Ele, conversando com ele a cada instante. Para termos estímulo, é necessário que tenhamos propósitos. Sem um alvo não chegaremos a lugar nenhum, ou, melhor dizendo, não chegaremos ao lugar certo. Quer ter estímulo para fazer as coisas? Corra com metas, pois não adianta correr em círculos. Peça sabedoria a Deus e siga em frente, sem retroceder e Ele o guiará a bom termo. 
                                        
Paz!!                                                                                                

sábado, 10 de março de 2012

Doe Vida





Meus queridos amigos, a Ordem Demolay na Paraíba está realizando segunda, 19 de Março de 2012, uma Campanha Estadual de Doação de Sangue. Em cada cidade onde estão presentes nossos membros, terão postos de coleta. Essa campanha vem para homenagear o Dia Nacional da Ordem Demolay, e para divulgar para a sociedade paraibana os trabalhos filantropicos que nossa ordem realiza não somente aqui na PB mas em todo o Brasil e em vários países do mundo.


Convoco vocês, demolays, a familia maçonica, amigos e familiares a nos ajudarem nessa campanha. Conhecemos um pouco da dificuldade que é para quem precisa conseguir uma bolsa de sangue, por isso VAMOS JUNTOS doar VIDA!!



Quem não estiver em alguma das cidades onde vao ter as coletas, em qualquer lugar do Brasil, doe na cidade em que estiver, tire fotos e depois nos envie! O que vale é o Ato de doar, não importa onde vai ser nem muito menos o sotaque.




Convidem seus AMIGOS E FAMILIARES!!



CONTAMOS COM VOCES!!!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os Nacirema - Reflexão

''Ritos corporais entre os Nacirema''



O antropólogo está tão familiarizado com a diversidade das formas de comportamento que diferentes povos apresentam em situações semelhantes, que é incapaz de surpreender-se mesmo em face dos costumes mais exóticos. De fato, se nem todas as as combinações logicamente possíveis de comportamento foram ainda descobertas, o antropólogo bem pode conjeturar que elas devam existir em alguma tribo ainda não descrita.

Deste ponto de vista, as crenças e práticas mágicas dos Nacirema apresentam aspectos tão inusitados que parece apropriado descrevê-los como exemplo dos extremos a que pode chegar o comportamento humano. Foi o Professor Linton, em 1936, o primeiro a chamar a atenção dos antropólogos para os rituais dos Nacirema, mas a cultura desse povo permanece insuficientemente compreendida ainda hoje.

Trata-se de um grupo norte-americano que vive no território entre os Cree do Canadá, os Yaqui e os Tarahumare do México, e os Carib e Arawak das Antilhas. Pouco se sabe sobre sua origem, embora a tradição relate que vieram do leste. Conforme a mitologia dos Nacirema, um herói cultural, Notgnihsaw, deu origem à sua nação; ele é, por outro lado, conhecido por duas façanhas de força: ter atirado um colar de conchas, usado pelos Nacirema como dinheiro, através do rio Po- To- Mac e ter derrubado uma cerejeira na qual residiria o Espírito da Verdade.
A cultura Nacirema caracteriza-se por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que evolui em um rico habitat. Apesar do povo dedicar muito do seu tempo às atividades econômicas, uma grande parte dos frutos deste trabalho e uma considerável porção do dia são dispensados em atividades rituais. O foco destas atividades é o corpo humano, cuja aparência e saúde surgem como o interesse dominante no ethos deste povo. Embora tal tipo de interesse não seja, por certo, raro, seus aspectos cerimoniais e a filosofia a eles associadas são singulares.

A crença fundamental subjacente a todo o sistema parece ser a de que o corpo humano é repugnante e que sua tendência natural é para a debilidade e a doença. Encarcerado em tal corpo, a única esperança do homem é desviar estas características através do uso das poderosas influências do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou mais santuários devotados a este propósito. Os indivíduos mais poderosos desta sociedade têm muitos santuários em suas casas e, de fato, a alusão à opulência de uma casa, muito freqüentemente, é feita em termos do número de tais centros rituais que possua. Muitas casas são construções de madeira, toscamente pintadas, mas as câmeras de culto das mais ricas têm paredes de pedra. As famílias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de cerâmica às paredes de seu santuário.

Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios. Eu pude, contudo, estabelecer contato suficiente com os nativos para examinar estes santuários e obter descrições dos rituais.

O ponto focal do santuário é uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre são guardados os inúmeros encantamentos e poções mágicas sem os quais nenhum nativo acredita que poderia viver. Tais preparados são conseguidos através de uma serie de profissionais especializados, os mais poderosos dos quais são os médicos-feiticeiros, cujo auxilio deve ser recompensado com dádivas substanciais. Contudo, os médicos-feiticeiros não fornecem a seus clientes as poções de cura; somente decidem quais devem ser seus ingredientes e então os escrevem em sua linguagem antiga e secreta. Esta escrita é entendida apenas pelos médicos-feiticeiros e pelos ervatários, os quais, em troca de outra dadiva, providenciam o encantamento necessário. Os Nacirema não se desfazem do encantamento após seu uso, mas os colocam na caixa-de-encantamento do santuário doméstico. Como tais substâncias mágicas são especificas para certas doenças e as doenças do povo, reais ou imaginárias, são muitas, a caixa-de-encantamentos está geralmente a ponto de transbordar. Os pacotes mágicos são tão numerosos que as pessoas esquecem quais são suas finalidades e temem usá-los de novo. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a este aspecto, só podemos concluir que aquilo que os leva a conservar todas as velhas substâncias é a idéia de que sua presença na caixa-de-encantamentos, em frente à qual são efetuados os ritos corporais, irá, de alguma forma, proteger o adorador.

Abaixo da caixa-de-encantamentos existe uma pequena pia batismal. Todos os dias cada membro da família, um após o outro, entra no santuário, inclina sua fronte ante a caixa-de-encantamentos, mistura diferentes tipos de águas sagradas na pia batismal e procede a um breve rito de ablução. As águas sagradas vêm do Templo da Água da comunidade, onde os sacerdotes executam elaboradas cerimônias para tornar o líquido ritualmente puro.

Na hierarquia dos mágicos profissionais, logo abaixo dos médicos-feiticeiros no que diz respeito ao prestígio, estão os especialistas cuja designação pode ser traduzida por "sagrados-homens-da-boca". Os Nacirema têm um horror quase que patológico, e ao mesmo tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam também na existência de uma forte relação entre as características orais e as morais: Existe, por exemplo, uma ablução ritual da boca para as crianças que se supõe aprimorar sua fibra moral.

O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem tão escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados. Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes. Nestas cavidades são colocadas substâncias mágicas. Caso não existam cavidades naturais nos dentes, grandes seções de um ou mais dentes são extirpadas para que a substância natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propósito destas aplicações é tolher a degeneração e atrair amigos. O caráter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano após ano, não obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar.

Esperemos que quando for realizado um estudo completo dos Nacirema haja um inquérito cuidadoso sobre a estrutura da personalidade destas pessoas, Basta observar o fulgor nos olhos de um sacerdote-da- boca, quando ele enfia um furador num nervo exposto, para se suspeitar que este rito envolve certa dose de sadismo. Se isto puder ser provado, teremos um modelo muito interessante, pois a maioria da população demonstra tendências masoquistas bem definidas.

Foi a estas tendências que o Prof. Linton (1936) se referiu na discussão de uma parte específica dos ritos corporal que é desempenhada apenas por homens. Esta parte do rito envolve raspar e lacerar a superfície da face com um instrumento afiado. Ritos especificamente femininos têm lugar apenas quatro vezes durante cada mês lunar, mas o que lhes falta em freqüência é compensado em barbaridade. Como parte desta cerimônia, as mulheres usam colocar suas cabeças em pequenos fornos por cerca de uma hora. O aspecto teoricamente interessante é que um povo que parece ser preponderantemente masoquista tenha desenvolvido especialistas sádicos.

Os médicos-feiticeiros têm um templo imponente, ou latipsoh, em cada comunidade de certo porte. As cerimônias mais elaboradas, necessárias para tratar de pacientes muito doentes, só podem ser executadas neste templo. Estas cerimônias envolvem não apenas o taumaturgo, mas um grupo permanente de vestais que, com roupas e toucados específicos, movimentam-se serenamente pelas câmaras do templo.

As cerimonias latipsoh são tão cruéis que é de surpreender que uma boa proporção de nativos realmente doentes que entram no templo se recuperem. Sabe-se que as crianças pequenas, cuja doutrinação ainda é incompleta, resistem às tentativas de levá-las ao templo, porque "é lá que se vai para morrer". Apesar disto, adultos doentes não apenas querem mas anseiam por sofrer os prolongados rituais de purificação, quando possuem recursos para tanto. Não importa quão doente esteja o suplicante ou quão grave seja a emergência, os guardiões de muitos templos não admitirão um cliente se ele não puder dar uma dádiva valiosa para a administração. Mesmo depois de ter-se conseguido a admissão, e sobrevivido às cerimônias, os guardiães não permitirão ao neófito abandonar o local se ele não fizer outra doação.

O suplicante que entra no templo é primeiramente despido de todas as suas roupas. Na vida cotidiana o Nacirema evita a exposição de seu corpo e de suas funções naturais. As atividades excretoras e o banho, enquanto parte dos ritos corporais, são realizados apenas no segredo do santuário doméstico. Da perda súbita do segredo do corpo quando da entrada no latipsoh, podem resultar traumas psicológicos. Um homem, cuja própria esposa nunca o viu em um ato excretor, acha-se subitamente nu e auxiliado por uma vestal, enquanto executa suas funções naturais num recipiente sagrado. Este tipo de tratamento cerimonial é necessário porque os excreta são usados por um adivinho para averiguar o curso e a natureza da enfermidade do cliente. Clientes do sexo feminino, por sua vez, têm seus corpos nus submetidos ao escrutínio, manipulação e aguilhadas dos médicos-feiticeiros.

Poucos suplicantes no templo estão suficientemente bons para fazer qualquer coisa além de jazer em duros leitos. As cerimônias diárias, como os ritos do sacerdote-da-boca, envolvem desconforto e tortura. Com precisão ritual as vestais despertam seus miseráveis fardos a cada madrugada e os rolam em seus leitos de dor enquanto executam abluções, com os movimentos formais nos quais estas virgens são altamente treinadas. Em outras horas, elas inserem bastões mágicos na boca do suplicante ou o forçam a engolir substâncias que se supõe serem curativas.
De tempos em tempos o médico-feiticeiro vem ver seus clientes e espeta agulhas magicamente tratadas em sua carne. O fato de que estas cerimônias do templo possam não curar, e possam mesmo matar o neófito, não diminui de modo algum a fé das pessoas no médico feiticeiro.

Resta ainda um outro tipo de profissional, conhecido como um "ouvinte". Este "doutor-bruxo" tem o poder de exorcizar os demônios que se alojam nas cabeças das pessoas enfeitiçadas. Os Nacirema acreditam que os pais enfeitiçam seus próprios filhos; particularmente, teme-se que as mães lancem uma maldição sobre as crianças enquanto lhes ensinam os ritos corporais secretos. A contra-magia do doutor bruxo é inusitada por sua carência de ritual. O paciente simplesmente conta ao "ouvinte" todos os seus problemas e temores, principalmente pelas dificuldades iniciais que consegue rememorar. A memória demonstrada pelos Nacirema nestas sessões de exorcismo é verdadeiramente notável. Não é incomum um paciente deplorar a rejeição que sentiu, quando bebê, ao ser desmamado, e uns poucos indivíduos reportam a origem de seus problemas aos feitos traumáticos de seu próprio nascimento.

Como conclusão, deve-se fazer referência a certas práticas que têm suas bases na estética nativa, mas que decorrem da aversão profunda ao corpo natural e suas funções. Existem jejuns rituais para tornar magras pessoas gordas, e banquetes cerimoniais para tornar gordas pessoas magras. Outros ritos são usados para tornar maiores os seios das mulheres que os têm pequenos e torná-los menores quando são grandes. A insatisfação geral com o tamanho do seio é simbolizada no fato de a forma ideal estar virtualmente além da escala de variação humana. Umas poucas mulheres, dotadas de um desenvolvimento hipermamário quase inumano, são tão idolatradas que podem levar uma boa vida simplesmente indo de cidade em cidade e permitindo aos embasbacados nativos, em troca de uma taxa, contemplarem-nos.

Já fizemos referência ao fato de que as funções excretoras são ritualizadas, rotinizadas e relegadas ao segredo. As funções naturais de reprodução são, da mesma forma, distorcidas. O intercurso sexual é tabu enquanto assunto, e é programado enquanto ato. São feitos esforços para evitar a gravidez, pelo uso de substâncias mágicas ou pela limitação do intercurso sexual a certas fases da lua. A concepção é na realidade, pouco freqüente. Quando grávidas as mulheres vestem-se de modo a esconder o estado. O parto tem lugar em segredo, sem amigos ou parentes para ajudar, e a maioria das mulheres não amamenta seus rebentos.

Nossa análise da vida ritual dos Nacirema certamente demonstrou ser este povo dominado pela crença na magia. É difícil compreender como tal povo conseguiu sobreviver por tão longo tempo sob a carga que impôs sobre si mesmo. Mas até costumes tão exóticos quanto estes aqui descritos ganham seu real significado quando são encarados sob o ângulo relevado por Malinowski, quando escreveu:
''Olhando de longe e de cima de nossos altos postos de segurança na civilização desenvolvida, é fácil perceber toda a crueza e irrelevância da magia. Mas sem seu poder de orientação, o homem primitivo não poderia ter dominado, como o fêz, suas dificuldades práticas, nem poderia ter avançado aos estágios mais altos da civilização."

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 Nota: Para quem não percebeu, Nacirema é American, de trás para frente.
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Para nos entendermos, precisamos entender o outro, primeiramente. Reconhecer que é na diferença e não na semelhança que a mais plena verdade humana se acolhe; Verdade essa que nos foi legada por gerações anteriores, e que teimamos esquecer. O que sempre instigou e nos empurrou para “frente” foi nossa infinita curiosidade à respeito do desconhecido, e quando finalmente nos deparamos com a coisa mais estranhamente fascinante, a ignoramos. O homem morre cada dia mais quando ignora o fascínio que é a “diferença” de seus semelhantes. Regredimos milênios quando ignoramos a riqueza do que nos é estranhos em nossos iguais. Leroi-Gourhan já nos dizia que “aproveitar o que sabemos sobre os tempos passados para melhor compreender o que é o homem é, decerto, prestar homenagem aos bilhões de seres que morreram transmitindo aos seguidores o segredo do fabrico do biface, até o dia em que os seus sucessores decidiram um pouco apressadamente que se tinham tornados homens-sábios” 


Paz!!