Era em torno de 7:30, quando eu estava indo para a faculdade, e deparei com um caso que, além de ser realidade, para mim era a primeira vez. Um senhor de aproximadamente 70 anos foi atropelado na BR 230, sentido João Pessoa. O motorista da condução em que eu estava foi logo tratando de tecer comentários desairosos, e saiu a seguinte asneira: "Esse daí já era!! Quem anda correndo na rua tem que acabar assim, mesmo." Não achando infeliz o próprio comentário, ele fez outro, quando percebeu que o acidentado não estava morto: "Esse daí é como gato... tem sete vidas".Por natureza, eu sou uma pessoa "pavio curto." Mas, apesar disso, me faltaram palavras para expressar a descrença que eu ando levando na sociedade. Por diversas vezes, naquele momento, senti algo machucar por dentro, sem que ferisse o corpo... era a dor da alma! Era também, a dor de ver um ser humano falar tanta porcaria e maldade relacionadas à seu próximo; era a dor que também se chama desengano.
Algumas pessoas estão vivendo de maneira decadente: não aprenderam a amar os de casa, sequer os de fora. Há quem diga que é deselegante e feio um homem chorar... eu não acho isso. Segurei-me para não fazê-lo, e consegui. As aulas não fluíram para mim! O dia acabou-se em um instante, embora mal houvesse começado. Ainda carrego as dores de quem eu nem conhecia, tudo por causa de comentários infelizes. Hoje eu precisava chorar: e estou acabando por fazer isso. O peso alheio está saindo!!
Que o Pai Celestial tenha misericórdia dessas duas almas: a que se foi, e a que ficou a falar besteira. Que o seu coração possa amolecer; que os seus sentimentos contradigam alguns de seus atos(ao menos); que o amor reine como propósito principal.
O título não era por outro motivo, senão dor. Hoje eu preciso chorar...
"A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei. ''
Paz!
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